3ª Comunicação:
Mestre Barra da Costa (Ex-inspector chefe da Polícia Judiciária, Criminalista e Professor Universitário)
" Perfis Psico-Criminais no caso dos Homicidas Domésticos"
Mestre Barra da Costa (Ex-inspector chefe da Polícia Judiciária, Criminalista e Professor Universitário)
" Perfis Psico-Criminais no caso dos Homicidas Domésticos"

Dois Princípios Fundamentais para a Construção do Perfil Psico-Criminal
1) A cena do crime reflecte a personalidade do autor
2) Uma vez que o indivíduo não consegue alterar o cerne da sua personalidade, resta-nos saber interpretá-la
A reter:
Cena do crime:
- Organizada
Perfil:
Acção previamente planeada, consciência dos objectivos, controlado, a vítima não é tratada como um objecto, há um pedido de submissão. Com a morte da vítima há normalmente mais crimes perpetrados a seguir a este. Ocultação do cadáver com utilização de meios de transporte.
- Desorganizada
Perfil:
Acto espontâneo, normalmente sem levar a cabo qualquer planificação. Conhece bem os locais do crime. Tendência para considerar a vítima como um objecto, falando o mínimo com ela. Utilização de violência. Habitualmente o corpo não é ocultado. Não há preocupação em esconder os indícios.
Conduta pós-criminal:
- Retorno à cena do crime
- Observação do momento de retirada do corpo
- Obtenção de souvenirs
- Participação no processo de investigação/ Acompanhamento do caso para perceber em que estado a investigação se encontra
O que analisar na vítima:
- Traços físicos
- Condição civil
- Estilo de vida pessoal
- Actividade laboral
- Educação
- Historial médico
- Historial psico-sexual
- Historial judicial
- Últimas actividades
- Pesquisa forense (indícios encontrados na vítima)
Cena do crime:
- Organizada
Perfil:
Acção previamente planeada, consciência dos objectivos, controlado, a vítima não é tratada como um objecto, há um pedido de submissão. Com a morte da vítima há normalmente mais crimes perpetrados a seguir a este. Ocultação do cadáver com utilização de meios de transporte.
- Desorganizada
Perfil:
Acto espontâneo, normalmente sem levar a cabo qualquer planificação. Conhece bem os locais do crime. Tendência para considerar a vítima como um objecto, falando o mínimo com ela. Utilização de violência. Habitualmente o corpo não é ocultado. Não há preocupação em esconder os indícios.
Conduta pós-criminal:
- Retorno à cena do crime
- Observação do momento de retirada do corpo
- Obtenção de souvenirs
- Participação no processo de investigação/ Acompanhamento do caso para perceber em que estado a investigação se encontra
O que analisar na vítima:
- Traços físicos
- Condição civil
- Estilo de vida pessoal
- Actividade laboral
- Educação
- Historial médico
- Historial psico-sexual
- Historial judicial
- Últimas actividades
- Pesquisa forense (indícios encontrados na vítima)
Perfil do Homicida Violento: (em geral)
- Alcoólico/ Desempregado/ Baixa auto-estima/ Experiência de maus-tratos/ Depressão/ Progressão da Violência
Mecanismos de Defesa dos agressores domésticos (90% são homens)
- Racionalização
- Negação
- Projecção
- Justificação
- Regressão
- Minimização
- Alcoólico/ Desempregado/ Baixa auto-estima/ Experiência de maus-tratos/ Depressão/ Progressão da Violência
Mecanismos de Defesa dos agressores domésticos (90% são homens)
- Racionalização
- Negação
- Projecção
- Justificação
- Regressão
- Minimização
Homicidas Domésticos

Espontâneos
- Consequência de uma situação stressante ou resultado de um processo cumulativo
- Vítima quase sempre familiar ou com uma relação com o agressor
- O crime é geralmente consumado através de asfixia com cordas/fios/cintos. Raramente são utilizadas armas de fogo.
Planificados
- Provocado por múltiplos factores, envolve planificação, preparação e controlo
- Semelhanças na escolha da vítima do homicida doméstico espontâneo
- A residência da vítima é o local onde a maioria das vezes é deixado o corpo.
- Pode haver tentativas de "mascarar" o crime, fazê-lo parecer um acidente ou suicídio.
(1ª imagem: Agata Gonzadek
2ª imagem: Fernando Lois)
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